
“Folhinha amarela, anônima, sem
grandeza, levada pela aragem do meio-dia, dançou no ar e, suavemente, acabou
por acamar-se nas águas do riacho. Mansamente, a boiar, deixou-se ir para
longe, cada vez mais longe, sumindo, distante... Virou pontinho amarelo, lá longe,
inteiramente confiante no destino do rio.
Quando poderei ficar assim?
Quando ficarei tão leve como a
folhinha morta a sobrenadar na superfície das coisas e ser arrastado,
inteiramente confiante, totalmente entregue, ao fluir de Deus?!”
(Hermógenes – Mergulho na paz -
216)
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