
“Deus é Bem-aventurança Eterna.
Seu ser é amor, sabedoria e alegria. Ele é tanto impessoal quanto pessoal e Se
manifesta no que quiser manifestar-Se, seja o que for, Ele aparece a Seus
santos na forma que seja amada por cada um deles: um cristão vê Cristo, um
hindu contempla Krishna ou a Mãe Divina, e assim por diante. Os devotos cuja
adoração assume a forma impessoal tornam-se conscientes do Senhor como uma Lua
infinita ou como o maravilhoso som de OM, o Verbo primordial, ou Espírito
Santo. A experiência mais elevada que o homem pode ter é sentir essa
Bem-aventurança na qual todos os outros aspectos da Divindade – amor, sabedoria,
imortalidade – estão plenamente contidos. Como, porém, lhe posso transmitir em
palavras a natureza de Deus? Ele é inefável, indescritível. Somente na
meditação profunda é que vocês conhecerão a essência singular Dele.
Numerosas pessoas não pensam no
Senhor como sendo pessoal; acham que uma concepção antropomórfica é limitadora.
Consideram-No como o Espírito Impessoal, a Onipotência, a Força Inteligente
responsável pelo universo.
Se, porém, nosso Criador fosse
impessoal, como é que Ele teria criado os seres humanos? Nós somos pessoais,
temos individualidade. Pensamos, sentimos, queremos, e Deus nos deu não apenas
o poder de apreciar os pensamentos e os sentimentos dos outros, mas de reagir a
eles. Certamente, o Senhor não está desprovido do espírito de reciprocidade que
anima Suas próprias criaturas. Quando permitirmos, nosso Pai Celestial pode
estabelecer e estabelecerá uma relação pessoal com cada um de nós.”
(Paramahansa Yogananda – No Santuário da Alma – 74/75)
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