domingo, 25 de novembro de 2012

OS IDEAIS DIVINOS


“Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque eles serão fartos” (Mateus 5:6)


Referência paralela:

“Bem-aventurados vós, que agora tendes fome, porque sereis fartos” (Lucas 6:21)


“As palavras “sede” e “fome” estabelecem uma metáfora apropriada para a busca espiritual do homem. Primeiro, precisamos ter sede pelo conhecimento teórico de como alcançar a salvação. Depois de saciada essa sede ao aprendermos a técnica prática para efetivamente entrar em contato com Deus, podemos então satisfazer a fome interior da Verdade, banqueteando-nos diariamente do divino maná da percepção espiritual resultante da meditação.

Aqueles que buscam satisfação em coisas materiais descobrem que a sede de seus desejos nunca é mitigada, nem pode sua fome ser jamais saciada com a aquisição de posses. O anseio, presente em cada ser humano, de preencher um vazio interior é o desejo da alma por Deus. Esse desejo somente pode ser apaziguado ao se experimentar a própria imortalidade e o estado imperecível de divindade em união com Deus. Quando a pessoa tolamente tenta saciar a sede de sua alma com as falsificações da satisfação sensorial, ela anda às cegas de um a outro prazer evanescente, rejeitando por fim a todos como inadequados.

Os prazeres sensoriais pertencem ao corpo e à mente inferior; eles não oferecem nenhum sustento ao ser mais íntimo do homem. A inanição espiritual de que sofrem todos os que subsistem das ofertas dos sentidos pode ser aliviada somente por meio da justiça – as ações, as atitudes e os atributos que são legítimos para a alma: a virtude, o comportamento espiritual, a bem-aventurança, a imortalidade.

Justiça significa agir corretamente nos setores, físico, mental e espiritual da vida. As pessoas que sentem grande sede e fome pelo cumprimento dos supremos deveres da existência recebem a bem-aventurança sempre nova de Deus: “Bem-aventurados vós que tendes sede de sabedoria, e que considerais a virtude e a justiça como o verdadeiro alimento capaz de satisfazer vossa fome interior, pois tereis essa perene felicidade que advém somente quando seguimos os ideais divinos – o incomparável contentamento do coração e da alma.”

 (Paramahansa Yogananda – A Yoga de Jesus – 86/87)


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