“Na tradição hindu, nada é tão
sublime quanto ter um caminho, ser um caminhante e se colocar humildemente as
orientações dos ensinamentos. Neste processo, a compreensão do caminho vai se
dando pela prática constante e ininterrupta, favorecendo uma amplitude de visão
que revela a Realidade de forma mais limpa e genuína. Os véus da ignorância, do
apego e do egoísmo vão se atenuando para se descortinar a nossa frente a
poderosa percepção daquilo que somos.
Muitos são os meios de se
estabelecer a união com o Divino, e cada peregrino necessita encontrar um
caminho que faça diferença no processo. A senda precisa ser trilhada com o
coração banhado de fé e sustentada nas instruções que vêm de dentro, pois esta
é a verdadeira forma de se atingir a outra margem. (...)
A busca é constante, pois aquele
que já iniciou sua jornada não tem como regressar. Cada passo para frente é um
abismo que se abre atrás e retroceder significa cair no abismo. Sigamos em
frente, sentindo o caminho sendo sinalizado pela luz interior, permitindo à
mente se abrir e serenizar para perceber que outras sinalizações também surgem
como auxílio para os que firmemente desejam realizar a senda.”
(Maria Laura Garcia Packer – A
Senda do Yoga - Nova Letra Gráfica & Editora, Blumenau - p. 18/19)
Nenhum comentário:
Postar um comentário