quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

O OLHO ESPIRITUAL DE PERCEPÇÃO INTUITIVA


“(...) por meio da luz do despertar espiritual, o hábito mortal de preferir as trevas ilusórias da materialidade pode ser banido da consciência humana. Com reiterados atos de força de vontade para meditar regular e profundamente, alcança-se o contato bem-aventurado com Deus, que confere suprema satisfação, e é possível trazer de volta à consciência essa alegria, a qualquer hora, em qualquer lugar.

Enquanto a pessoa permanecer intoxicada com maus pensamentos e costumes, sua mentalidade obscurecida odiará a luz da verdade. Entretanto, um ponto positivo acerca dos maus hábitos é que eles raramente cumprem suas promessas, revelando-se, por fim, inveterados mentirosos. É por isso que as almas não podem permanecer iludidas ou escravizadas para sempre. Embora pessoas de maus hábitos demonstrem inicialmente aversão ao pensamento de uma vida melhor, depois de terem seguido maus caminhos o suficiente e atingido o ponto de saciedade – sofrendo o bastante pelas conseqüências -, elas se voltam para a luz da sabedoria de Deus em busca de alívio, a despeito de quaisquer maus hábitos que estejam ainda entrincheirados e precisem ser vencidos. Ao viverem continuamente em harmonia com a Verdade, nessa luz vêm então a conhecer alegria e paz interior que resultam do autocontrole e dos bons hábitos. (...)

Aquele que busca a Deus, tentando todos os dias modificar algo que não seja positivo em sua natureza, transcende gradualmente suas antigas tendências materialistas impostas pelos hábitos. Suas ações e sua própria vida são recriadas, “feitas em Deus”; ele, em verdade, nasce uma segunda vez. Aderindo ao bom hábito da meditação científica diária, percebe a luz da sabedoria de Cristo e é batizado nessa divina energia do Espírito Santo, que efetivamente apaga os circuitos elétricos formados no cérebro pelos maus hábitos de pensamentos e ação. Abre-se o seu olho espiritual de percepção intuitiva, conferindo-lhe não apenas orientação infalível no caminho da vida, mas também a visão do divino reino celestial e a entrada nesse reino de Deus – e, por fim, a unidade com Sua consciência onipresente.”

(Paramahansa Yogananda – A Yoga de Jesus – Ed. Self-Realization Fellowship – p. 78/79)


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