
De fato, como Krishnamurti nos disse,
realmente não possuímos uma virtude enquanto não estivermos inteiramente
inconscientes de que a temos! Presunção, pedantismo, sentimentalismo, são todos
absolutamente estranhos à vida espiritual clara, serena e absolutamente
verdadeira. Há uma hipocrisia consciente e uma inconsciente. Ansiosos de ser
virtuosos, talvez, por vezes, cedemos a um leve sentimento agradável de
superioridade, dizendo coisas que realmente não queríamos dizer, tornando-nos
artificialmente espirituais. O Mestre não aprecia um sentimento que não seja
absolutamente honesto, nem repreende ou se afasta daqueles que sejam claramente
destituídos de certas virtudes.
Virtude e sabedoria são coisas sublimes, mas se produzirem orgulho e uma consciência separatista do resto da humanidade, não serão senão a serpente do eu reaparecendo em forma mais refinada. Citando Krishnamurti mais uma vez: “no momento em que nos sentirmos superiores, a espiritualidade deixa de existir.”
(Clara Codd - As Escolas de Mistérios –
Ed. Teosófica, Brasília)
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