"(§28) Outro desejo comum que
deves reprimir severamente é o de te intrometeres nos assuntos alheios. O que
outro homem faz, diz ou crê não é de tua conta e deves aprender a deixá-lo
absolutamente entregue a si próprio. Ele tem pleno direito à liberdade de
pensamento, palavra e ação, enquanto não se intrometer com outrem. Tu
mesmo reclamas a liberdade de fazer o que consideras apropriado; deves permitir
a mesma liberdade ao outro, e quando ele a exerce não tens o direito de falar a
seu respeito.
(§29) Se pensas que ele está
agindo errado, e puderes encontrar uma oportunidade de dizer-lhe em particular
e muito polidamente por que assim pensas, é possível que consigas convencê-lo;
mas há muitos casos nos quais mesmo isso seria uma intromissão imprópria. De
modo algum deves maldizer com uma terceira pessoa sobre o assunto, pois esta é
uma ação extremamente perversa.
(§30) Se observares um caso de
crueldade com uma criança ou um animal, é teu dever intervir. Se observares
alguém desobedecendo as leis do país, deves informar as autoridades. Se outra
pessoa te encarregar de ensiná-la, pode tornar-se teu dever falar-lhe
gentilmente de suas faltas. Exceto em tais casos, cuida de teus assuntos e
aprende a virtude do silêncio."
(Krishnamurt - Aos Pés do
Mestre - Ed. Teosófica, Brasília)
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