"Se desejarem fazer o bem ao
mundo, devem agir sem pensar em si mesmos. O mundo está repleto de gente que,
por vezes, irá tentar recompensar o bem que vocês lhes fizeram com o mal. (...)
Essa é a natureza do mundo. A
verdade é que, por sua própria natureza, os bons sempre farão o bem e os maus
farão o mal.
Certa vez, um homem santo meditava
sentado à beira de um rio. De súbito, notou que um escorpião flutuava sobre as
águas. Penalizado, retirou-o da água com a palma das mãos, mas, na mesma hora,
o escorpião o picou. O homem santo sentiu uma dor excruciante e, segundos
depois, o escorpião caiu na água outra vez. De novo, o homem santo ajudou o
animal retirando-o da água e, mais uma vez, o escorpião o picou. Quando o mesmo
fato aconteceu pela terceira vez, um homem que havia presenciado a cena
perguntou:
- Por que o senhor continua a
ajudar o escorpião se ele o pica todas as vezes?
- A natureza do escorpião é picar
– respondeu o homem santo – e a minha é ajudar; se o escorpião não trai sua
natureza, por que devo eu trair a minha?
A mente pode mover-se em sentido
ascendente ou descendente. Inveja, egoísmo, desejo pelos prazeres sensuais e
preguiça determinam movimentes descendentes, enquanto fé, devoção a Deus, amor
e simpatia indicam movimentos ascendentes."
(Swami Prabhavananda e Swami Vijoyananda - O Eterno Companheiro – Ed. Vedanta,
São Paulo - p. 269/270)
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