"Libertar-se?! E o homem é escravo?! Sim. O jiva (a alma que evolui), conforme temos visto, é um prisioneiro de samsara, isto é, da "roda dos nascimentos e mortes", das reencarnações compulsórias. O jiva se encontra prisioneiro e exilado neste mundo onde reinam os "opostos" ou dvandvas (ascensão e queda, lucro e perda, dor e prazer, tristeza e alegria, dia e noite, vitória e derrota, berço e esquife...). E o grau do seu cativeiro é determinado pelo quanto ignora quem ele é, o que aqui veio fazer e para onde deve ir. Sai Baba compara uma pessoa que não sabe de onde veio e para onde está indo com uma carta na qual não estão indicados o remetente e o destinatário, carta, portanto, extraviada, condenado à posta restante. E a grande maioria é exatamente assim. O homem "normótico", apegado ao que lhe agrada e detestando o que desagrada, é presa da alienação. Vive jogado de um lado a outro por conta da sucessão dos dvandvas, nasce já condenado à morte e morre condenado a nascer. Sempre isto, a libertação, que a posse da Verdade confere, consiste em não ter mais que assumir um novo nascimento, uma nova existência, um novo corpo. (...)"
(José Hermógenes - Iniciação ao Yoga - Ed. Nova Era, Rio de Janeiro - p. 101/102)
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