"O amor a Deus não se desenvolve e expressa exclusivamente diante dos altares. O bhakta não se contenta com isto. Para ele o altar de Deus é onipresente e seu templo, o universo inteiro. Eis por que procura adorar seu Amado em todas as pessoas e em cada forma de vida, em todos os fenômenos e aspectos da natureza, em todos os níveis existenciais, a todo tempo, em toda a parte, pois que, embora tenha eleito uma determinada Forma e um determinado Nome para cultuar, nunca se esquece de que Deus é Um só, uma onipresente e onipenetrante Realidade e Essência Única de tudo que existe. Seu amor é assim, majestoso, total, vertical, sem limites e sem máculas de desejo, sem interesses egoísticos, sem quaisquer sinais da vulgaridade escravizante, sem os resíduos das impurezas do fanatismo e superstição.
Desculpa Deus meu se não me ajoelho cada vez que Te vejo, Preciso trabalhar. Não posso viver ajoelhado.(Hermógenes, In Yoga, Caminho para Deus)
Há devotos incultos que só conseguem realizar uma forma nada filosófica de culto. Que continuem. Desde que seu culto, embora primitivo e sua adoração ingênua sejam expressões do verdadeiro prema, Deus não o deixa à míngua de resposta. Ele ajuda seu humilde e simplório adorador. Deus não é elitista. E só leva em conta a pureza, a sinceridade, a autodoação e o verdadeiro amor que inspiram o culto.(...)"
(José Hermógenes - Iniciação ao Yoga - Ed. Nova Era, Rio de Janeiro - p. 86/87)
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