"Patanjali assim define o Yoga preliminar:
tapah-svadhyaya-ishvarapranidhana-Kriya-Yoga. (Yoga Sutra, II:1)
Desculpe o que parece esnobação, mas aqui a tradução literal é preciosamente elucidativa. Traduzindo: "austeridade (tapah), estudo do Ser (svadhyaya) e total submissão ao Senhor (ishvarapranidhana) constituem a Kriya Yoga". Aquele que (a) levar vida austera e disciplinada, (b) buscar a Verdade sobre o Ser, e (c) se entregar irrestritamente a Deus, está praticando Kriya Yoga.
Estude o capítulo 1, sobre Raja Yoga, e descubra que os três comportamentos que constituem a Kriya Yoga (tapah, svadhyaya e ishvarapranidhana) são os três últimos niyamas.
O que resulta destes três comportamentos praticados no contexto do cotidiano é de imenso valor, para eliminar aflições e culminar com o samadhi. Patanjali que o diga:
Kriya Yoga é praticado para atenuar os kleshas e atingir samadhi. (Yoga Sutra, II:2)
O que claramente Patanjali aqui assegura é que se você, no convívio com os outros, no desempenho de sua vida profissional e social, finalmente em seu dia a dia, conduzir-se com austeridade, paciência, equanimidade, abnegação e invencibilidade; se empenhadamente buscar o conhecimento sobre seu verdadeiro Ser; e mais, se se submeter irrestritamente a Deus (Ishvara), seguramente não só atenuará seus padecimentos e aflições (kleshas), normais em sua existência e na de qualquer um, mas também chegará a adentrar o portal da libertação, isto é, alcançará o samadhi. Que investimento rendoso!!! (...)"
(José Hermógenes - Iniciação ao Yoga - Ed. Nova Era, Rio de Janeiro - p. 51/52)
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