"A evolução do universo, consequentemente a de sua humanidade, se faz por éons (eras, ciclos) denominados yugas, sempre regidos pela imutável Lei. Os homens são os únicos no universo com capacidade de delinquir, de desrespeitá-la. A contravenção, triste "privilégio" do ser humano, desencadeia crises, gera toda sorte de sofrimentos individuais e sociais.
Em hora oportuna, para evitar que os homens façam maiores estragos, provoquem destruições, misérias catástrofes, para corrigir os transgressores e proteger os justos, isto é, aqueles que se conduzem segundo a Lei Eterna, o próprio Senhor Supremo do Universo (Ishvara) assume um nascimento humano, isto é, desce à condição humana como Avatar (literalmente, "descida"). O Avatar é a misericordiosa intervenção divina, ao longo das yugas, com o abjetivo de resgatar a Lei, penalizar os perversos e proteger os justos. Finalmente, o Avatar vem promover e orientar a evolução, reconduzindo a humanidade a plenificar seu infinito potencial divino. Um Avatar é Deus que se fez homem para levar o homem a fazer-se Deus.
O Avatar chamado Krishna definiu com precisão o fenômeno da avatarização e sua missão sublime:
Quando quer que haja um declínio da Lei Moral (Dharma) e a irretidão (adharma) domine, Eu Me encarno. Para a proteção dos bons, para a destruição dos perversos, e para o restabelecimento da Lei (Dharma) Eu volto a nascer homem. (Bhagavad Gita, 4:7-9)"
(José Hermógenes - Iniciação ao Yoga - Ed. Nova Era, Rio de Janeiro - p. 26)
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