" (...) A palavra tantra deriva da raiz tan (espalhar, divulgar) e mais o sufixo tra (salvar). Significa, portanto, "divulgar para salvar". Talvez, seja mais apropriado entender o tantra como uma democratização do Yoga. Em meu trabalho ao longo das décadas, fui descobrindo que há um "Yoga para quem pode" e - graças a Deus! - um "Yoga para quem precisa". Até agora tenho me ocupado somente deste Yoga. O outro é elitista. Usamos o termo elitista no melhor sentido. Há realmente um número muito reduzido de pessoas formando uma abençoada e luminosa "elite espiritual" que tem virtudes e potencial suficiente para o altíssimo ônus de avançar por caminho estreitíssimo.
O tantra sastra ou escrituras tântricas consta de diálogos entre Shiva e sua esposa Parvati, ao longo dos quais importantes informações são divulgadas e verdades profundas são "des-veladas" com o misericordioso propósito de ajudar aqueles que, vivendo na "era das trevas", sinceramente anelem pela salvação. O Cristo declarou que viera, não para os bons, mas para os maus (os da kali yuga?).
Trata-se de diálogos entre o Senhor (a Consciência Suprema) e sua divina esposa também denominada Shakti (a energia cósmica criadora). Quando é Ela que pergunta e Ele responde, o texto é conhecido como agama, no caso contrário, nigama.
Cada texto inclui os tópicos seguintes: (a) criação do universo; (b) sua destruição; (c) a adoração; (d) os exercícios espiritualizantes (Yoga); (e) os rituais e cerimônias; (f) as seis ações (kriyas) de purificação; e (g) meditação (dhyana). (...)"
(José Hermógenes - Iniciação ao Yoga - Ed. Nova Era, Rio de Janeiro - p. 121/122)
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