"(...) Nada busqueis dos deuses impotentes por meio de presentes e hinos,
Nem suborneis com sangue, nem alimenteis com frutos e bolos;
A libertação deve ser buscada dentro de vós próprios;
Cada homem cria sua prisão.
Cada um possui domínio tal como os seres mais sublimes;
Além disso, com Poderes acima, ao redor, abaixo,
Como com todas as pessoas e com o que quer que viva,
A ação traz alegria e aflição.
O que foi traz o que é e o que será,
Pior - melhor - o último por primeiro e o primeiro por último;
Os Anjos nos Céus da Alegria colhem
Os frutos de um passado santo.
Os demônios no submundo consomem
Ações que foram más numa época remota.
Nada dura; as belas virtudes gastam-se com o tempo,
Por isso os vis pecados são purgados.
Quem labutou como escravo pode retornar como Príncipe,
Pelo gentil valor e mérito conquistados;
Quem governou como Rei pode errar pela terra em andrajos
Por coisas feitas e não feitas.
Mais elevado que o fado de Indra podeis elevar o vosso,
E afundá-lo mais baixo que os vermes ou os insetos;
O fim de muitas miríades de vidas é este,
O fim de miríades, aquele.
Só que, enquanto esta roda invisível gira,
Não pode haver pausa, paz, local para ficar;
Quem sobe cairá, quem cai pode subir; os raios da roda
Giram sem cessar! (...)"
(Edwin Arnold - A Luz da Ásia - Ed. Teosófica, Brasília - p. 136/137)
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