“Aquele que renuncia aos frutos das ações, que
dedica todas as ações a Deus e por esse meio se torna livre das influências dos
pares de opostos.
A fim de encontrar Deus, deve-se
cultivar um estado da mente no qual não haja perturbação, pela remoção da causa
de distúrbios, que é o apego aos frutos das ações. Sendo nossas ações motivadas
pelo desejo, estamos apegados aos seus frutos e somos afetados pelos seus
resultados. Não apenas somos afetados pelos efeitos imediatos dessas ações,
como produzimos resultados kármicos,
que são causas de aprisionamento aos mundos inferiores. A única maneira de
evitar essa cadeia de causa e efeito é praticar ações sem qualquer desejo de
benefício pessoal, e cumprir nossas obrigações nas circunstâncias em que nos
encontrarmos. Essa atitude pode ser desenvolvida pela dedicação habitual de
todas as nossas ações a Deus, como tão claramente foi explicado no Bhagavadgita.[i]”
[i] Bhagavadgita – “o canto do Senhor”. Episódio do Mahabarata, o grande poema épico da Índia. Contém um diálogo no qual Krishna e Arjuna, seu discípulo, têm uma discussão sobre a mais elevada filosofia espiritual. Glossário Teosófico, H. P. Blavatsky, Ed. Ground, 1995. (N.E)
(I.K.
Taimni - Autorrealização pelo Amor, uma tradução comentada dos Bhakti Sutras de
Narada - Ed. Teosófica, Brasília, 2011 - p. 76/77)
Nenhum comentário:
Postar um comentário