"Ao observar
os modos da mente, é fácil apontar os defeitos dos outros e dizer: ‘ele é mau’
ou ‘ele é feio’. Quando se olha para si mesmo, a descrição é feita em termos
opostos, sempre encontrando algo admirável, digno de respeito e reconhecimento.
Assim o processo de divisão
continua, e o problema do mal se espalha, pois todo mundo está agindo dessa
maneira e somente dessa maneira. Os numerosos conflitos de classe, raça,
religião, família e outros começam assim: ‘Você é isso’ e ‘eu sou aquilo’. Essa
forma de pensar dos homens, sempre dividindo e separando, só vem comprovar ao
indivíduo atento que a mente humana é igual em todos, pois encontramos divisão
em todos os lugares.
A própria natureza da mente, que
todos compartilhamos e que pertence a todos nós, é movida por distinções. Ela
cria a imagem do ‘eu’, formada pelas muitas descrições que alguém faz de si
mesmo, com base em lembranças e na identificação do eu com essas lembranças em
uma linha única imaginária. (...)"
(Radha Burnier - O Caminho do
Autoconhecimento - Ed. Teosófica, Brasília, 2ª edição - p. 43/46)
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