"Um dia, um rico senhor chamou à sua
presença os pastores, seus empregados. Disse-lhe que, tendo decidido arrebanhar
todas as inumeráveis ovelhas de sua propriedade, que estavam há muito perdidas
nos campos, mandava-os procurá-las. Deveriam trazê-las todas.
Saíram os pastores a procurar as
ovelhas, que deveriam ser reconduzidas ao grande e único redil.
Em pouco tempo, alguns deles
esqueceram o que lhe havia sido ordenado, pois se tornaram mais interessados em
seus próprios problemas e lazeres.
Outros começaram a pensar assim:
‘Porque hei de levar de volta essas ovelhas que estavam perdidas? Por que não
faço eu um redil para as minhas ovelhas? Então, não posso tornar-me também um
senhor e possuir muitas ovelhas?’ Dominados pela ambição, atraídos pela riqueza
fácil, confiantes de que seu crime ficaria impune, os infiéis, traindo seu amo,
tornando-se ladrões, ficaram com as ovelhas para si, as quais, para o senhor,
continuariam perdidas.
Poucos pastores, sempre fiéis, amando
o senhor, afastando qualquer desejo de furtar, vencendo as dificuldades
múltiplas encontradas nos campo e nos caminhos, zelosos para com o rebanho,
regressaram ao redil e entregaram ao verdadeiro dono todas as ovelhas que
tinham recolhido. Juntamente com a grande família do senhor viveram dias de
fartura e segurança.
O senhor, quando os mandou, sabia que
sobreviria uma seca devastadora. E ela realmente veio e dizimou tudo e todos
que não puderam contar com as reservas do celeiro do prudente senhor.”
(Hermógenes - Viver em Deus - Ed. Nova
Era, 4ª edição - p. 152/153)
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