"Todo o
problema da vida do homem espiritual gira em torno de dois temas: a visão do
todo e o exato ajustamento das partes. A luta diária do homem visa, com efeito,
enquadrar no lugar próprio cada detalhe de sua existência. Isto é verdadeiramente
o problema da escolha, o problema do bem e do mal. Porque aquilo que está em
seu lugar próprio é o bem, e o que não está em seu lugar próprio é o mal. Mas
como se pode saber o lugar próprio de alguma coisa, a não ser em função do
todo? Sem a percepção do todo, o único método que o homem pode empregar para o
ajustamento das partes é o método das experimentações. Mas isso é um processo
infindável, especialmente porque a função psicológica do homem muda
constantemente. O que está certo numa situação pode não estar numa situação
modificada. Assim, na atmosfera psicológica não pode haver código estabelecido,
nenhuma fórmula fixa, indicando de maneira absoluta o que está certo ou errado,
isto é, de uma maneira aplicável a todas as circunstâncias. Deverá haver,
assim, uma percepção constante do Todo. Em cada situação o todo tem que ser
descoberto de novo."
(Rohit Mehta - Procura o Caminho - Ed.
Teosófica, Brasília - p. 39/40)
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