segunda-feira, 21 de outubro de 2013

A FLOR DE LÓTUS

"O lótus, a flor sagrada dos egípcios, como também para os hindus, é o símbolo tanto de Horus como de Bramâ. Nenhum templo do Tibet ou do Nepal deixa de apresentá-lo; e o significado desse símbolo é extremamente sugestivo. O ramo de lírios que o arcanjo oferece à Virgem Maria nos quadros da ‘Anunciação’ tem, no seu simbolismo esotérico, exatamente o mesmo significado. (...) Para os hindus, o lótus é o emblema do poder produtivo na Natureza, pela ação do fogo e da água (o espírito e a matéria) (...) folhas perfeitamente formadas, formas miniaturais daquilo em que, como plantas perfeitas, elas se transformarão um dia; ou, como diz o autor de The Heathen Religion – ‘a natureza nos dá assim um espécime da pré-formação das suas produções’; acrescentando que ‘a semente de todas as plantas fanerógamas que trazem flores propriamente ditas contêm um embrião de plantas já formado’.

Para os budistas, ele tem a mesma significação. Mahâ-Mâyâ ou Mahâ-Devî, a mãe de Gautama Budha, deu à luz o seu filho anunciado pelo Bodhisattva (o espírito de Budha), que apareceu ao pé do seu leito com um lótus em sua mão. Assim, também, Osíris e Horus são representados pelos egípcios constantemente em associação com a flor de lótus.

Todos esses fatos tendem a provar o parentesco deste símbolo nos três sistemas religiosos – hindu, egípcio e judaico-cristão."

(H. P. Blavatsky - Ísis Sem Véu - Ed. Pensamento, volume I, p. 174)


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