"O lótus, a
flor sagrada dos egípcios, como também para os hindus, é o símbolo tanto de
Horus como de Bramâ. Nenhum templo do Tibet ou do Nepal deixa de apresentá-lo;
e o significado desse símbolo é extremamente sugestivo. O ramo de lírios que o
arcanjo oferece à Virgem Maria nos quadros da ‘Anunciação’ tem, no seu
simbolismo esotérico, exatamente o mesmo significado. (...) Para os hindus, o
lótus é o emblema do poder produtivo na Natureza, pela ação do fogo e da água
(o espírito e a matéria) (...) folhas perfeitamente formadas, formas
miniaturais daquilo em que, como plantas perfeitas, elas se transformarão um
dia; ou, como diz o autor de The Heathen
Religion – ‘a natureza nos dá assim um espécime da pré-formação das suas produções’; acrescentando que ‘a semente de
todas as plantas fanerógamas que
trazem flores propriamente ditas contêm um
embrião de plantas já formado’.
Para os
budistas, ele tem a mesma significação. Mahâ-Mâyâ ou Mahâ-Devî, a mãe de
Gautama Budha, deu à luz o seu filho anunciado pelo Bodhisattva (o espírito de
Budha), que apareceu ao pé do seu leito com um lótus em sua mão. Assim, também, Osíris e Horus são representados pelos
egípcios constantemente em associação com a flor de lótus.
Todos esses
fatos tendem a provar o parentesco deste símbolo nos três sistemas religiosos –
hindu, egípcio e judaico-cristão."
(H. P.
Blavatsky - Ísis Sem Véu - Ed. Pensamento, volume I, p. 174)
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