"Aqueles que
são considerados buscadores espirituais tentam normalmente encontrar soluções
através de deuses, gurus e mestres, de escrituras, das palavras, de outras
pessoas, de mantras e de cerimônias, de pseudossalvadores e todo o tipo de disfarces.
Essas esperanças, crenças e dúvidas tornam impossível encontrar a energia
necessária para entender o eu.
Portanto, é
essencial pensar de forma lógica as questões básicas e os fatos da vida e obter
uma profunda convicção de que toda a nossa energia foi chamada na literatura
antiga, de virya, ‘a energia
destemida que abre seu caminho pelo lamaçal das mentiras do mundo em busca da
verdade celestial’¹.
Quando essa energia surge da ausência de dúvidas sobre o trabalho a ser feito,
então é possível encarar sem distrações os movimentos. Essa forma de olhar sem
distrações, desculpas ou tentativa de fuga, é, também, um aspecto de dharana. Ser capaz de meditar sobre o
que há dentro de nós, sem distrações, faz parte do aprendizado necessário para
não nos transformarmos no que não
somos, pois esse tornar-se algo é a
busca do mundo exterior."
¹ HPB, em A Voz do Silêncio
(Radha
Burnier - O Caminho do Autoconhecimento - Ed. Teosófica, Brasília - p. 82/84)
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