quarta-feira, 16 de outubro de 2013

IMPERMANÊNCIA

"O discípulo perguntou ao Mestre:

- Por que, Mestre, estais sempre namorando as nuvens?

Contemplo-as, lendo em cada uma a grande lição da impermanência. Sejam brancas, diáfanas, enormes e luminosas; sejam cinzentas, baixas, pejadas e pesadas; sejam coloridas de poente, sejam de nascente, em poucos instantes já perderam a forma e a cor; já deixam de ser. Nós também. Não resistimos ao tempo. Quem pode deter a maré do tempo que tudo arrasa? Nossas alegrias e vitórias, nossas quedas e tristezas não persistem. Tudo muda. Tudo o tempo consome. Olha aquela imponente nuvem sobre o rio...

- Bela. Muito bela mesmo!

- Se quiseres, meu filho, perder a tua paz, é só te apegares a ela e desejar que fique, assim como está. “Uma nuvem nunca é; sempre simplesmente está."

(Hermógenes - viver em Deus - Ed. Nova Era, 4ª edição - p. 141)


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