"O discípulo
perguntou ao Mestre:
- Por que,
Mestre, estais sempre namorando as nuvens?
Contemplo-as,
lendo em cada uma a grande lição da impermanência. Sejam brancas, diáfanas,
enormes e luminosas; sejam cinzentas, baixas, pejadas e pesadas; sejam
coloridas de poente, sejam de nascente, em poucos instantes já perderam a forma
e a cor; já deixam de ser. Nós também. Não resistimos ao tempo. Quem pode deter
a maré do tempo que tudo arrasa? Nossas alegrias e vitórias, nossas quedas e
tristezas não persistem. Tudo muda. Tudo o tempo consome. Olha aquela imponente
nuvem sobre o rio...
- Bela. Muito
bela mesmo!
- Se
quiseres, meu filho, perder a tua paz, é só te apegares a ela e desejar que
fique, assim como está. “Uma nuvem nunca é; sempre simplesmente está."
(Hermógenes - viver em Deus - Ed. Nova
Era, 4ª edição - p. 141)
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