"Toda e qualquer religião externa,
objetiva, atinge apenas o ego periférico do homem, mas não o seu eu central;
produz uma moral externa, mas não uma ética interna. A moral pode produzir
armistício, que é uma trégua entre duas guerras, mas não pode estabelecer
verdadeira paz, que nasce do conhecimento intuitivo de que o Deus em mim é
também o Deus em ti (namastê), e
que, por isto, eu posso amar o próximo assim como amo a mim mesmo, porque o
ponto de referência do amor próprio e do amor alheio é o mesmo: o verdadeiro Eu
divino, seja em mim, seja em ti. O Deus em nós é o Deus em mim, o Deus em ti, o
Deus nele, o Deus nela.
(...) Amor supõe diversidade na unidade. O
amor é univérsico. Quando há somente diversidade não pode haver amor;
quando há somente unidade não pode haver amor. Amor é a percepção da diversidade existencial como
manifestação da unidade essencial.
(...) Para curar a raiz do mal não
basta boa vontade, que é do ego, mas
requer-se sabedoria, compreensão da
realidade do Eu humano."
(Huberto Rohden - Entre dois Mundos - Ed. Alvorada, São Paulo, 1984 - p. 59/60)
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