"(...) Pelo fato de a harmonia ser a ordem universal, nosso
progresso interior, como seres morais e espirituais, depende de readquirirmos o
senso de harmonia que perdemos. Os outros filhos da natureza não têm problemas
como nós, pois são inteiramente parte do todo e livres do sentido de ego. Mas
nós, seres humanos, alienamo-nos da natureza, nossa mãe, e dos seus outros
filhos de muitas espécies. Portanto, viver em paz é um problema para os seres
humanos. Harmonia, felicidade e paz caminham juntas. Prova disso é quando nos
desentendemos com alguém; sempre nos sentimos infelizes, ou pelo menos
constrangidos. Assim, para seguir além na estrada que leva à felicidade,
devemos recuperar a harmonia. Como diz aquele belo texto em A Voz do Silêncio: ‘Antes que a alma
possa ver, a harmonia interior deve ser atingida, e os olhos da carne devem
tornar-se cegos à ilusão’.
As tradições religiosas estimulam as pessoas a se
tornarem inocentes como as crianças. A inocência existe quando a mente purga o
sentido de ego e as imagens ilusórias. (...)
A harmonia interior se expressa espontaneamente no viver inofensivo, na
preocupação ecológica, no respeito e no senso de justiça com relação a todas as
formas de vida, na ausência de exploração, na recusa em ceder à ganância, no
viver simples e no sentimento profundo, evitando toda forma de desperdício e de
luxo desnecessário. Obediência à lei da harmonia é a grande necessidade do
mundo atual."
(Radha Burnier - A lei da harmonia universal - Revista Sophia, Ano 7, nº 28 - Ed. Teosófica, Brasília - p. 13)
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