sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

SUBMETA À PROVA O PODER DE SUAS ORAÇÕES

"Algumas pessoas talvez protestem, dizendo: ‘Sei que minhas orações são respondidas, porque ouço Deus falando comigo. A resposta Dele a minhas orações me foi demonstrada.’ A questão é: tem certeza de que suas orações realmente chegaram a Deus e de que Ele respondeu a elas conscientemente? Qual é a prova disso? Imagine que você tenha orado para ser curado e ficou bom. Sabe você se a cura se deveu a causas naturais, ou aos remédios, ou à orações, suas e dos outros, que atraíram o auxílio de Deus? Às vezes não há relação causal entre a oração e a cura. Você poderia ter sido curado mesmo que não orasse. Eis a razão por que deveríamos descobrir se podemos empregar a lei de causa e efeito cientificamente por meio da oração. Os sábios da Índia descobriram que Deus responde à lei. Os que experimentaram essa resposta disseram que ela pode ser posta à prova e experimentada por todos aqueles que se ajustem à lei.

Se os cientistas se reunissem e apenas orassem por invenções, será que eles as obteriam? Não. Eles têm de aplicar as leis de Deus. Assim, como pode um templo ou uma igreja lhe trazer Deus apenas pela oração cega ou pelo cerimonial?

Deus não pode ser ‘subornado’ por oferendas ou penitências ou cerimônias especiais para mudar Sua lei arbitrariamente; tampouco reage Ele à oração cega, ou age com parcialidade. Ele só pode ser movido pela cooperação do homem com a lei e pelo amor: o amor é lei. Se foi o homem quem, indefinidamente, fechou as janelas da vida aos raios de saúde, poder e sabedoria de Deus, é o homem quem precisa fazer o esforço para reabrir essas janelas e deixar que entre a luz curativa do Senhor, que é dada livremente e está esperando para ser admitida.

Precisamos pensar, meditar, afirmar, crer e perceber todos os dias que somos filhos de Deus... e agir de acordo com isso! Pode levar tempo para alcançarmos essa percepção, mas precisamos começar com o método correto, em vez de fazermos apostas na mendicância anticientífica das preces e, em consequência, ficarmos sujeitos à descrença, às dúvidas ou à trapaça da superstição. Só quando o sonolento ego se percebe não como um corpo, mas como uma alma livre, ou filho de Deus, que reside no corpo e opera por meio dele, é que pode, de acordo com a lei e com o que é correto, exigir seus direitos divinos."

(Paramahansa Yogananda – No Santuário da Alma – Self-Realization Fellowship – p. 31/33)


Nenhum comentário:

Postar um comentário