"O
budismo que o Ocidente conhece é apenas o Budismo chamado ‘clássico’, que
surgiu a partir de Sakyamuni; porém, antes dele houve muitos budas e, até a
redenção final da humanidade, haverá muitos outros. Os budas formam uma
linhagem e o seu surgimento obedece a certos ciclos, ligados a um complexo
metabolismo cósmico.
O
budismo clássico divide-se em Hinayana, ou ‘veículo comum’ e Mahayana, ou
‘veículo maior’. O Vajrayana, ou ‘veículo do diamante’, é um desdobramento
posterior do Mahayana e surgiu conjuntamente com o desenvolvimento do Tantra. O
Budismo do Tibete é uma combinação dos três veículos.
O
Vajrayana ensina que a verdadeira natureza do ser é idêntica à do Buda
primordial, mas, em virtude de obscurecimentos, o homem se esquece disso e
assim vaga em samsara (a roda de
nascimentos e mortes), produzindo doenças e sofrimentos. Com o propósito de
transmitir a verdade aos incapazes de percebê-la por si mesmo, o Buda
primordial, por compaixão, aparece por meio de inumeráveis manifestações, em
todos os reinos e em todos os níveis.
Segundo
o Budismo, a iluminação é possível por meio da compreensão absoluta e direta do
vazio (sunyata) e da pureza
primordial da natureza do Buda. (...)
Mas
o Budismo influenciou profundamente tanto a medicina tibetana quanto medicina
indiana, estabelecendo um extraordinário conceito de cura. (...)"
(Marcio
Bontempo - O Budismo e a Medicina - Revista Sophia, Ano 7, nº 27 - p. 10)
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