"(...) Podemos verificar que, nos eventos coincidentes, há
um mecanismo ordenado e coerente regido por uma lei, mesmo que nossos sentidos
não a percebam e interpretem esses eventos como isolados ou desconexos.
A manifestação dessas ocorrências se dá, geralmente,
dentro de uma linguagem. Quase sempre simbólica, essa linguagem traz uma
mensagem que deve ser decifrada num nível mais profundo que a mera ocorrência
sincrônica. Deve-se buscar coerência por meio de uma análise minuciosa, não
emocional, porém intuitiva. O estudo dos símbolos, portanto é o primeiro passo
para abordar essas questões.
Os
símbolos podem ser divididos em três tipos:
- Os da comunicação oral, escrita, visual e da cultura de um grupo social.
- Os particulares, relativos à experiência psicológica, à estrutura emocional e psíquica, à formação educacional e ao temperamento de cada indivíduo.
- Os tradicionais, relacionados às religiões, mitologias e filosofia. (...)
Alguns acontecimentos sincrônicos, vindos de um sonho
ou premonição, podem ser interpretados simbolicamente através do conhecimento
desse terceiro tipo de símbolo. Deve-se aproveitar essas oportunidades que o
mundo oculto da nossa consciência quer revelar. Nós somos como um iceberg, onde há apenas uma pequena
ponta visível; quando algo mais se manifesta, é preciso prestar atenção. (...)"
(Lúcia Cristina Batalha - A sincronicidade e o símbolo - Revista Sophia, Ano 1, nº 4 - p. 10)
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