"Um ponto importante que sobressai em quase todas as
referências ao plano divino para o progresso e perfeição da humanidade é a
ênfase invariavelmente posta sobre a necessidade de nós, seres humanos,
cooperarmos conscientemente com aquele plano e nos elevarmos acima do eu
separativo com seus desejos autocentrados, e nos mover rumo a um amor mais
amplo, de serviço e de dedicação ao bem da humanidade.
A evolução está unida à nossa busca consciente do
bem-estar do restante da humanidade – deveras de toda a vida. No Baghavad Gita alguém na senda elevada do
Yoga é visto como trabalhando para o bem estar de todo o mundo. O Cristo nos
pede para amarmos os nossos irmãos como a nós mesmos. O Buda enfatizou a
compaixão – amai toda a vida como uma mãe ama seu filho, seu único filho. O
ensinamento budista vai ainda mais longe, pois se espera de um verdadeiro
budista que cresça tanto em abnegação e amor pelo próximo que renuncie ao nirvana para si próprio, e que continue
trabalhando, até que todos sejam capazes de atingir esse estado de
bem-aventurança. (...)
A humanidade foi dotada de liberdade para pensar e
agir, mas não de liberdade par desconsiderar ou frustrar a Grande Vontade que
se move rumo ao bem. Tanto a mitologia quanto a história nos dizem que no final
das contas o mal jamais triunfará e, portanto, as aberrações da humanidade em
qualquer época, como as que observamos no mundo atualmente, são apenas nuvens
passageiras num vasto céu, como redemoinhos, espumas sobre a superfície de um
grande rio que continua a fluir inexoravelmente em direção ao seu destino –
para unir-se ao grande oceano da bem-aventurança, do qual surgiu originalmente
sob forma de nuvens de vapor.”
(Surendra
Narayan - Reflexões sobre o plano divino - Revista Theosophia – Pub. da
Sociedade Teosófica no Brasil, Ano 99, Abr/Maio/Junho de 2010 - p. 35)
http://www.sociedadeteosofica.org.br/
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