"O
espaço entre nascer e morrer terá que ser preenchido com a representação de um
drama, que traz como título ‘VIDA’.
Uns
desempenham o papel de palhaços, mas como verdadeiros Artistas; outros,
querendo ser Artistas, desempenham seus papéis como verdadeiros palhaços.
Na
mesma exibição há mendigos que representam o papel de verdadeiros Reis, e há
Reis que representam o papel como verdadeiros mendigos.
E
assim continua o drama, cujos personagens vão mudando de tempos em tempos, mas
a comédia, e suas variações dramáticas, é sempre a mesma. Os artistas
desaparecem misteriosamente, um por vez, sendo que a última exibição de cada um
é sempre a mesma – o encerramento das cortinas sobre a cena cujo nome é ‘MORTE’;
algumas flores e um adeus de saudade.
A
desconhecida sequência ficará na esperança oculta de enigmas misteriosos, que
se processam na existência do Infinito.
E
assim é o eterno drama da humanidade e dos séculos, que é exibido no ‘PALCO DA
VIDA’."
(R. Stanganelli – A Essência do Otimismo –
Ed. Martin Claret, São Paulo, 2002 – p. 108)
Nenhum comentário:
Postar um comentário