Por isto, o progresso da ciência será sempre mais rápido do que a formação da consciência. O Ter será sempre mais fácil do que o Ser - mas, em compensação, o homem perde todo o seu Ter na hora da morte, mas leva consigo para outros mundos o seu Ser. O Ter nos dá gozo, mas somente o Ser nos torna felizes.
Hoje em dia, é fácil gozar, mas é cada vez mais difícil ser feliz. Outros nos fazem gozar ou sofrer, mas somente nós mesmos nos tornamos felizes.
Evitar a poluição mental e moral é o primeiro imperativo categórico para ser feliz.
Fácil é abusar.
Difícil é recusar.
Dificílimo é usar, sem abusar.
Quando o homem faz o que deve, embora não o queira, ele é austeramente feliz - mas, quando o homem faz o que deve e quer o que deve, então é ele jubilosamente feliz. Para poder querer o que se deve, é necessário integrar o seu pequeno ego periférico no seu grande Eu central. Quando o Eu cósmico do homem consegue integrar em si o ego pessoal, então é o homem realmente feliz.
Que foge da poluição mental das massas insipientes e segue a elite dos sapientes, não deixará de verificar o que o exímio iniciado da China, Lao-Tse, verificou séculos antes da Era Cristã.
"Quem é iluminado por dentro,
Parece escuro aos olhos do mundo.
Quem progride interiormente,
Parece ser um retógrado.
Quem é autorrealizado,
Parece um homem imprestável.
Quem segue a luz interna,
Parece uma negação para o mundo.
Quem se conserva puro,
Parece um bobo e simplório.
Quem é paciente e tolerante,
Parece um sujeito sem caráter.
Quem vive de acordo com seu Eu espiritual,
Passa por um homem enigmático.'"
(Huberto Rohden - O Caminho da Felicidade - Alvorada Editora e Livraria Ltda., São Paulo, 7ª edição - p. 149/150)
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