"(...) O tirano chamado Tempo mora dentro de nós, alimentado
por nossas atividades e desejos por coisas transitórias. Dependendo de nossa
condição mental, o tempo passa rápida ou lentamente. As paixões e emoções
perturbam as mentes dos mortais, enquanto os deuses, não contaminados pelos
pensamentos e desejos mundanos, experienciam a imortalidade e a juventude.
Para sermos jovens e belos, devemos necessariamente
nos livrarmos dos impulsos – o ímpeto para chegar a algum lugar, para ser o
primeiro, para realizar. Isso nos escraviza ao tempo. O tempo priva a mente de
sensibilidade e flexibilidade e a torna propensa às ansiedades do egocentrismo
que envelhece o corpo.
A pessoa deve viver de maneira absolutamente diferente
para preservar a juventude. O apego é a verdadeira essência da mente mundana;
ausência de apego é liberdade. Para sermos jovens, a mente deve ser livre.
Citando o Dammapadda: ‘A ausência de
atenção é a estrada que leva à morte. Os atentos não morrem; os desatentos são
como se já estivessem mortos.’
A vigilância na vida diária, que ajuda a pessoa a
abandonar toda paixão, pensamento e atitude egoísta, é uma passagem para um
estado divino, repleto de amor e sabedoria. Egoísmo é ignorância, falta de
sabedoria. Vamos nos tornar jovens vivendo de maneira reta, ou vamos esperar
que os técnicos e mágicos prolonguem a miséria do egocentrismo?"
(Radha Burnier - Jovens para sempre - Revista Sophia, Ano 5, nº18 – Pub. da Ed. Teosófica - p. 25)
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