"A única coisa que não muda é o fato de que tudo muda.
Mudanças, apesar de ocorrerem todos os dias, sempre nos pegam de surpresa.
‘Fulano morreu?’; ‘Eles se separaram?’ – reagimos com incredulidade diante de
coisas que ‘jamais poderíamos esperar’. E quanto a aceitar?
A impermanência é algo inerente ao fluxo da vida. A
esse respeito, afirma Tolle: ‘Existem ciclos de sucesso, quando as coisas
acontecem e dão certo, e ciclos de fracasso, quando elas vão bem e se desintegram.
Devemos permitir que elas terminem, dando espaço para que o novo aconteça. Se
nos apegamos às situações e oferecemos uma resistência à mudança, estamos nos
recusando a acompanhar o fluxo da vida e isso resultará em sofrimento.’
Tudo muda porque a existência material é baseada em
ciclos, em vai-vens. A continuidade das coisas é mantida pela descontinuidade,
assim como a manutenção de nosso corpo físico depende das batidas do coração.
Cada batida é mais um segundo vivido aqui.
Nossa história, desde que nascemos, é como uma fita de
cinema. Milhares de quadrinhos rodados vertiginosamente, um após o outro, dão a
impressão de vida, encanto, atividade. Contudo, se a fita é olhada fora da
máquina, torna-se apenas um rolo inerte. Para onde foi a vida? Foi-se embora
com o movimento que existia nela. (...)"
(Walter S.
Barbosa - O desafio da impermanência - Revista Sophia, Ano 12, nº 48 – Pub. da
Ed. Teosófica, Brasília - p. 24)
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