quarta-feira, 30 de abril de 2014

O DESAFIO DA IMPERMANÊNCIA (1ª PARTE)

"A única coisa que não muda é o fato de que tudo muda. Mudanças, apesar de ocorrerem todos os dias, sempre nos pegam de surpresa. ‘Fulano morreu?’; ‘Eles se separaram?’ – reagimos com incredulidade diante de coisas que ‘jamais poderíamos esperar’. E quanto a aceitar?

A impermanência é algo inerente ao fluxo da vida. A esse respeito, afirma Tolle: ‘Existem ciclos de sucesso, quando as coisas acontecem e dão certo, e ciclos de fracasso, quando elas vão bem e se desintegram. Devemos permitir que elas terminem, dando espaço para que o novo aconteça. Se nos apegamos às situações e oferecemos uma resistência à mudança, estamos nos recusando a acompanhar o fluxo da vida e isso resultará em sofrimento.’

Tudo muda porque a existência material é baseada em ciclos, em vai-vens. A continuidade das coisas é mantida pela descontinuidade, assim como a manutenção de nosso corpo físico depende das batidas do coração. Cada batida é mais um segundo vivido aqui.

Nossa história, desde que nascemos, é como uma fita de cinema. Milhares de quadrinhos rodados vertiginosamente, um após o outro, dão a impressão de vida, encanto, atividade. Contudo, se a fita é olhada fora da máquina, torna-se apenas um rolo inerte. Para onde foi a vida? Foi-se embora com o movimento que existia nela. (...)"

(Walter S. Barbosa - O desafio da impermanência - Revista Sophia, Ano 12, nº 48 – Pub. da Ed. Teosófica, Brasília - p. 24)

      

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