"Desejos insatisfeitos permanecem no coração. E qual é o perigo em alimentá-los? É o seguinte: cada desejo abrange forças específicas - boas, más ou uma mistura de ambas. E, quando você morre, apesar de perder o corpo, essas forças não morrem. Como elementos mentais, seguem a alma aonde quer que ela vá, e quando você renasce, os elementos manifestam-se como tendências de comportamentos. Assim, quem morre alcoolatra, traz consigo, ao reencarnar, a tendência ao alcoolismo e essa tendência permanecerá, até que a pessoa vença o desejo pelo álcool.
O comportamento de uma criança, mesmo de poucos meses revela certas características de vida anteriores. Algumas crianças têm terríveis acessos de fúria; outras são melancólicas. Deus não as fez assim. Desejos insatisfeitos de vidas passadas formaram essas tendências psicológicas e, por causa delas, a alma, embora criada à imagem de Deus, apresentam-se diferente dessa imagem. Se, nesta vida, a imagem de Deus em seu interior é distorcida pela raiva ou pelo medo, e se você não dominar essas qualidades deformadoras agora, renascerá com elas; e sentirá o peso das tendências que criam a infelicidade, até transcendê-las em alguma encarnação futura.
É melhor, portanto, esgotar ou superar todos os desejos agora. Eles se extinguiriam imediatamente e para todo o sempre, na suprema alegria da presença de Deus. Mas até conhecê-Lo, os desejos indomados continuarão a prendê-lo. (...)"
(Paramahansa Yogananda - A Eterna Busca do Homem - Self-Realization Fellowship - p. 123)
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