"O Adepto vive com o mundo, embora dele retirado, a
fim de cumprir a sua missão de puro altruísmo. A atitude de alguém que está
dedicado à sabedoria deve ser a mesma. Trata-se de viver com o mundo pelo dever
de fazê-lo, porém não estando envolvido com ele de várias formas, e podendo
liberar-se dele apenas na forma correta. Existem centenas de maneiras de errar,
porém apenas uma maneira de agir acertadamente. O homem sábio pode permanecer
com o mundo, compreendendo a importância do trabalho que aqui pode realizar,
mas ele não tem objetivos mundanos. Isto distingue o filósofo do ignorante,
ignorante não dos fatos comuns da vida, mas das verdades essenciais. Aquele que
objetiva alcançar a sabedoria, que poderia ser caracterizada como divina porque
originou-se do céu, não atribui muita importância à grandeza humana, o tipo de
grandeza que geralmente é realçada pelas pessoas. O objetivo de ser grande
surge do prazer de comparar-se com outros e achar-se de alguma forma superior
ao seu nível. Deveríamos tentar libertar-nos da ideia de querermos ser grandes
em comparação com outros, fazendo com que pareçam pequenos."
(N. Sri Ram - Em
Busca da Sabedoria – Ed. Teosófica, Brasília, 1991 - p. 14/15)
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