"O homem tem a razão, a discriminação e o livre
arbítrio. O bruto não tem nada disso. Ele não é um agente livre e não sabe a
diferença entre a virtude e o vício, entre o bem e o mal. Sendo um agente
livre, o homem conhece bem essas distinções. Quando segue sua natureza mais
elevada, revela a si mesmo bem mais superior que o bruto, mas, quando cede à
sua natureza menos elevada, mostra-se mais baixo que o rude.
Contudo, esse livre arbítrio que possuímos é menor que
aquele de um passageiro em um trem lotado. O homem é fazedor do próprio
destino, no sentido de que ele possui liberdade de escolha em relação à maneira
pela qual se utiliza de sua liberdade. Não, ele não controla os resultados e,
no momento em que pensar o contrário, ele padece.
Por ser uma criatura pensante e não um animal
instintivo, é privilégio especial e motivo de orgulho para o homem ser
presenteado com faculdades mentais e do coração. [...] No homem a razão impera
e guia seus sentimentos; nos brutos a alma permanece dormente. Despertar o
coração é acordar a alma; desadormecer a razão significa inculcar a
diferenciação entre o bem e o mal."
(Mahatma Gandhi - O Caminho da Paz - Ed. Gente, São
Paulo - p. 35)
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