sábado, 17 de maio de 2014

LIBERDADE DE ESCOLHA

"O homem tem a razão, a discriminação e o livre arbítrio. O bruto não tem nada disso. Ele não é um agente livre e não sabe a diferença entre a virtude e o vício, entre o bem e o mal. Sendo um agente livre, o homem conhece bem essas distinções. Quando segue sua natureza mais elevada, revela a si mesmo bem mais superior que o bruto, mas, quando cede à sua natureza menos elevada, mostra-se mais baixo que o rude.

Contudo, esse livre arbítrio que possuímos é menor que aquele de um passageiro em um trem lotado. O homem é fazedor do próprio destino, no sentido de que ele possui liberdade de escolha em relação à maneira pela qual se utiliza de sua liberdade. Não, ele não controla os resultados e, no momento em que pensar o contrário, ele padece.

Por ser uma criatura pensante e não um animal instintivo, é privilégio especial e motivo de orgulho para o homem ser presenteado com faculdades mentais e do coração. [...] No homem a razão impera e guia seus sentimentos; nos brutos a alma permanece dormente. Despertar o coração é acordar a alma; desadormecer a razão significa inculcar a diferenciação entre o bem e o mal."

(Mahatma Gandhi - O Caminho da Paz - Ed. Gente, São Paulo - p. 35)

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