"(...) 'No filme da nossa vida, a ligação entre os
quadrinhos é feita pela mente. Sua
natureza é o movimento, a agitação, o que representa ao mesmo tempo uma
dádiva e um tormento. Dádiva porque o movimento é a fonte da consciência, a
ligação entre o conhecedor e o conhecido. Tormento porque ainda não aprendemos
a dominar a mente, ficando magnetizados, escravizados ao seu jogo de medo e
ansiedade, de passado e futuro.' (...)
Considerando que tudo é impermanente, devemos então,
parar, desistir de tudo, renunciar à ação? No épico indiano Bhagavad Gita lê-se: ‘ambas, a renúncia
e a execução de ações, conduzem à salvação, mas, das duas, o yoga da ação é melhor que a renúncia’.
Como desatrelar a dor que se segue à ação? Pelo desapego ao resultado.
As ações criam estados transitórios, ‘situações de
vida’, como diz Tolle. O problema é que nos apegamos às situações – tomando-as
como a própria vida – e assim nunca estamos preparados para as mudanças. Isso
pode mudar?
Entre as técnicas conhecidas, a auto-observação é
considerada fundamental para a realização de mudanças. Ela é que nos permite
descobrir a causa de muitos sofrimentos, e a partir daí agir para evitá-los. E
uma dessas causas – talvez a maior delas – é o apego.(...)"
(Walter S. Barbosa - O desafio da impermanência - Revista Sophia, Ano 12, nº 48 – Pub. da Ed. Teosófica, Brasília - p. 24)
Nenhum comentário:
Postar um comentário