“Todos procuramos a felicidade. Por que tão poucos de nós a encontram?
Diz uma cantiga alemã:
Ando sozinho, sempre sonhador.
E meu suspiro pergunta: ‘Para onde?’
A voz dos espíritos me responde:
‘Onde não estás está a felicidade.’
Essa cantiga melancólica retrata a
atitude da maioria dos homens na sua procura da felicidade: procuram-na onde não está, em bens exteriores, e esquecem de
procurá-la onde está: nas suas próprias almas.
Há alguns anos atrás, o cientista Elmer
Gates fez experiências sensacionais para pôr em evidência a relação entre nossa
felicidade e nossas emoções. Recolhia em tubos o hálito de homens sãos em
diferentes estados psicológicos e tratava-o com iodeto de rodopsina. E eis o que descobriu: se a pessoa cujo
hálito foi recolhido achava-se na ocasião 'num estado sereno, não se verificava no tubo precipitação alguma. Se
estava com raiva, havia um precipitado acastanhado. Se estava triste, o
precipitado era cinzento. Se sentia remorsos, o precipitado era rosado.
Esses precipitados eram então inoculados
em homens e animais, e todos ficavam afetados em diversos graus, dependendo do
precipitado usado.
‘Minhas experiências provam, concluía o cientista, que os sentimentos negativos produzem no organismo compostos
perigosos, alguns dos quais são extremamente tóxicos.’
Como um homem rico irá, pois, encontrar
a felicidade nas suas riquezas se, ao acumulá-las, deixa a avareza, a ganância, a ansiedade,
a desonestidade, a cobiça envenenarem-lhe o organismo?
Como um político irá encontrar a
felicidade nos seus sucessos se é possuído pelo ódio, o fanatismo, a ambição
desmedida, a preocupação de destruir os outros, O medo do futuro? (...)”
(Mansour Challita - Revista Thot, nº
24, 1981 - p. 26)
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