"A verdadeira ciência do espírito deve se basear na
compreensão de seres humanos transformados, com acesso a vários níveis de
realidade quantitativamente diferentes dos níveis até agora estudados pelas
ciências naturais. As ciências sagradas como o yoga, zen, alquimia, certos
aspectos do sufismo e do cristianismo monástico existiram durante séculos, mas
muitas vezes caíram em mãos sectárias. A consequência disso é que as mentes
iluminadas e os corações sensíveis da era moderna afastarem-se delas. Quando
essa ciência do espírito estiver liberta do domínio exclusivamente sectário,
racionalista e obscurantista, ela será cada vez mais apreciada pelo seu
verdadeiro valor, como instrumento para que as pessoas descubram e realizem
seus objetivos interiores.
A maior conquista da ciência moderna é a descoberta de
suas próprias limitações e a crescente apreciação do fato de que aquilo que
conhecemos depende não apenas do que está fora, mas também do que somos e do
modo como vivemos. Nosso conhecimento não pode ser visto como separado da nossa
natureza interior e da qualidade de nossa atenção. Ele deve considerar que
existem muitos níveis de ‘ser’ dentro de nós.
É importante que seja feita uma investigação prática
sobre os caminhos que conduzem à transformação do ser humano escravo do medo e
da ambição em um ser livre. Nesse processo investigativo a ciência natural pode
ajudar, mas também pode atrapalhar, em função do tipo de relacionamento que
temos com ela. (...)"
(Ravi Ravindra - A conquista da Liberdade - Revista Sophia, Ano 8, nº 32 - p.10/12)
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