segunda-feira, 14 de julho de 2014

MEDO (1ª PARTE)

"Assim como o amor é a grande força unificadora, o medo é a grande força divisora. Nossa identidade é desenvolvida e formada pelas pessoas que nos cercam e pelo ambiente em que vivemos. O que acontece é que, à medida que crescemos, deixamos que os julgamentos e crenças dos outros ditem a nossa identidade. Gradualmente, se caímos nessa armadilha e nos esquecemos de quem somos verdadeiramente - da nossa dimensão divina - sentimos medo.

O medo é uma criação enganosa das nossas mentes. Não é real. Não há dúvida de que existem coisas muito reais a serem temidas no mundo, mas não estou falando do medo que acompanha os instintos básicos de sobrevivência. Refiro-me aos medos emocionais que surgem de impressões e ilusões falsas. Fomos tão condicionados por eventos ameaçadores e pela violência, que passamos a acreditar que o mundo é um lugar assustador. Crescemos com medo de coisas ou de pessoas que achamos que querem nos agredir. Tentamos viver de acordo com os padrões de outras pessoas e nos transformamos em algo que não somos. Essencialmente, não somos fiéis a nós mesmos.

Quando nossas mentes são envolvidas pelo medo, muitas vezes este medo é sentido fisicamente. O corpo físico fica tenso à medida que revivemos mentalmente uma situação assustadora, e o medo cresce cada vez mais. Então, a nossa energia enfraquece. Às vezes, ficamos literalmente paralisados e tememos o futuro. (...)" 

(James Van Paagh - Em Busca da Espiritualidade - Ed. Sextante, Rio de Janeiro, 2008 - p. 59)

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