"Nos últimos trinta anos, a psicologia progrediu
rapidamente e nos ofereceu novas visões da mente humana. Mas durante muitas
décadas essa ciência foi estudada apenas nos seus aspectos estritamente psicológicos
que consideram o pensamento um mero fenômeno, quando não uma espécie de
secreção do cérebro.
No entanto, pesquisas recentes impuseram uma
verdadeira derrocada nas teorias fisiológicas sobre as operações efetuadas na
mente humana. Uma das mais importantes foi a ramificação da psicologia
conhecida como parapsicologia. Esse ramo do conhecimento surgiu das
experimentações realizadas por J. B. Rhine e outros, e gerou uma volumosa
literatura sobre o assunto. Na verdade, chega a ser difícil estar em dia com
essas investigações.
A parapsicologia é extremamente interessante, pois
lida com as percepções extrassensoriais. Nosso conhecimento do mundo é
normalmente obtido através dos cinco sentidos. Mas os aspectos sensoriais não
podem, por si só, exaurir o conhecimento. Os detalhes sensoriais produzem
vibrações no cérebro físico, e, a não ser que essas vibrações sejam
interpretadas como um todo, não haverá conhecimento.
Portanto, a mente, essencial para colher o
conhecimento, depende de detalhes sensoriais; a matéria bruta do conhecimento é
fornecida pelos sentidos. Tudo que conhecemos do mundo externo vem dos
sentidos. Mas há uma questão que atualmente chama a atenção de alguns
psicólogos. Pode haver conhecimento sem a intervenção dos sentidos? A percepção
é possível sem o estímulo dos sentidos? (...)."
(Rohit Mehta - Parapsicologia: os fenômenos ocultos da mente - Revista Sophia, Ano 2, nº 5, p.
9/11)
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