terça-feira, 9 de setembro de 2014

AUTOCONTROLE (1ª PARTE)

"O controle autoimposto não é uma obrigação. O homem que escolhe o caminho da total liberdade em relação ao controle, ou seja, que opta pela permissividade, será um servo fiel dos desejos e das paixões, enquanto aquele que se dobra às regras e às limitações se torna realmente livre. Todas as coisas no universo, incluindo o sol, a lua e as estrelas, obedecem a certas leis. Sem a influência restritiva dessas leis, o mundo não continuaria a existir nem por um momento. (...) São a disciplina e as limitações que nos separam dos selvagens. Se desejamos nos tornar homens de fato, caminhar com a cabeça erguida e nos equilibrar sobre apenas duas pernas, é preciso que compreendamos verdadeiramente a situação e que acatemos voluntariamente as limitações e a disciplina.
Controle do paladar

A verdadeira felicidade é impossível sem a verdadeira saúde, que, por sua vez é inviável sem o rígido controle do paladar. Todos os demais sentidos automaticamente ficarão sob controle quando o paladar estiver sob controle. E aquele que conquistar os próprios sentidos terá de fato conquistado todo o mundo.

O homem não deve se alimentar para saciar seu paladar, mas para manter seu corpo em funcionamento. Quando cada órgão de sentido se torna subserviente ao corpo e, através do corpo, atende à alma do indivíduo, o sabor específico desaparece e somente então o sistema passa a funcionar como a natureza o idealizou. Qualquer número de experimentos é pequeno demais e nenhum sacrifício suficientemente grande para se alcançar essa harmonia com a natureza."

(Mahatma Gandhi - O Caminho da Paz - Ed. Gente, São Paulo, 2014 - p.51/54)


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