"O controle autoimposto não é uma
obrigação. O homem que escolhe o caminho da total liberdade em relação ao
controle, ou seja, que opta pela permissividade, será um servo fiel dos desejos
e das paixões, enquanto aquele que se dobra às regras e às limitações se torna
realmente livre. Todas as coisas no universo, incluindo o sol, a lua e as
estrelas, obedecem a certas leis. Sem a influência restritiva dessas leis, o
mundo não continuaria a existir nem por um momento. (...) São a disciplina e as
limitações que nos separam dos selvagens. Se desejamos nos tornar homens de
fato, caminhar com a cabeça erguida e nos equilibrar sobre apenas duas pernas,
é preciso que compreendamos verdadeiramente a situação e que acatemos
voluntariamente as limitações e a disciplina.
Controle
do paladar
A verdadeira felicidade é impossível sem a
verdadeira saúde, que, por sua vez é inviável sem o rígido controle do paladar.
Todos os demais sentidos automaticamente ficarão sob controle quando o paladar
estiver sob controle. E aquele que conquistar os próprios sentidos terá de fato
conquistado todo o mundo.
O homem não deve se alimentar para saciar
seu paladar, mas para manter seu corpo em funcionamento. Quando cada órgão de
sentido se torna subserviente ao corpo e, através do corpo, atende à alma do
indivíduo, o sabor específico desaparece e somente então o sistema passa a
funcionar como a natureza o idealizou. Qualquer número de experimentos é
pequeno demais e nenhum sacrifício suficientemente grande para se alcançar essa
harmonia com a natureza."
(Mahatma Gandhi - O Caminho da Paz - Ed. Gente, São Paulo, 2014 - p.51/54)
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