"Estamos destinados a nascer num certo local, viver
uma certa vida, ter determinados relacionamentos, alegrias e tristezas? O
conceito de dharma trata dessas
questões.
Nem o dharma
nem o karma são fatalistas. Ambos são
afirmações de uma lei natural. O karma
é o princípio geral; o dharma é um
caso específico, à medida que se relaciona ao nosso eu interno.
O termo dharma
não pode ser traduzido; já foi definido como dever, lei, retidão, religião,
doutrina, natureza essencial, mas nenhuma palavra contém o seu amplo
significado. O dharma está unido ao karma (ação) e à moralidade (reta ação).
Annie Besant define dharma como
‘nossa própria natureza interior, no seu atual estágio de evolução, mas a lei
de crescimento para o estágio de evolução seguinte’. (...)
Pode-se pensar no
dharma como uma pressão interna em direção à autorrealização, ao
crescimento interior e ao desenvolvimento do nosso potencial. Quando não
prestamos atenção a essa pressão, a vida torna-se cada vez mais difícil, porque
o dharma expressa uma lei natural, a
nossa natureza essencial. Mesmo que tentemos, não conseguimos violar as leis da
natureza e da nossa própria existência.
Podemos tentar ser algo que não somos, mas não vamos
conseguir, assim como não conseguiríamos digerir o alimento que outra pessoa
comeu. O dharma de uma outra pessoa é
não apenas perigoso, mas também impossível de realizar. O dharma é individual; de certa maneira, nosso dharma é o que somos essencialmente."
(Edward Abdill - O fenômeno da sincronicidade - Revista Sophia, Ano 4, nº 15 - p. 22)
Nenhum comentário:
Postar um comentário