"Realizados os poderes de amor e vontade, devemos agora
descobrir o terceiro poder capital do Ego: o poder do pensamento criador ou Manas¹,
como o denomina a Teosofia. O pensamento humano é a manifestação do Espírito
Santo, assim como a vontade é a manifestação do Pai, e o amor, a do Filho. O
Espírito Santo é o aspecto ou pessoa da criadora atividade de Deus, o Criador;
e quando realizamos esse poder em nós, nos sentimos inspirados e possuídos da
ilimitada qualidade criadora, do poder da ação. Em nós, só o pensamento atua,
só o pensamento cria e executa os mandatos da vontade. Se a vontade é o rei, o
pensamento é o primeiro-ministro, e a atividade de nosso pensamento criador
deve ser dirigida sempre pela vontade.
O poder criador do pensamento parece ser ilimitado. E
uma vez o tenhamos realizado, sabemos que como Egos podemos ‘fazer tudo’;
sentimos em nosso interior uma ilimitada energia criadora para levar a cabo
tudo quanto decretar a vontade. Somente quando esse terceiro poder, o
pensamento criador ou imaginação, está em funcionamento é que a realização se
dá em ação. Por essa razão esse poder é muito perigoso ao homem até que ele
tenha compreendido que deve dirigi-lo conscientemente, pois, do contrário, é a
sua natureza inferior que o fará; e o homem, assim, se tornará escravo dela."
¹. Manas: termo sânscrito que literalmente significa “a mente”, a faculdade mental, que faz do homem um ser inteligente e moral e o distingue dos seres brutos.
(J. J. Van Der
Leeuw - Deuses no Exílio - Ed. Teosófica, Brasília, 2013 - p. 51/52)
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