"(2:70) Feliz é aquele que, como o oceano, absorve em si mesmo, calmamente, todos os rios do desejo. (Ao contrário), aquele cujos desejos se escoam (como de um lago) logo vê esgotada (sua energia).
Desejos generosos - por exemplo, levar a alegria aos semelhantes - não drenam nossos reservatórios de paz, mas acrescentam-lhes o júbilo que despertam.
Sempre que você sentir prazer, lembre-se da beatitude interior. Sempre que contemplar a beleza, traga para dentro de si a alegria que ela lhe deu. Que toda a alegria terrena lhe lembre a felicidade bem mais inefável do Eu.
Alguns yogues recomendam indiferença completa ao mundo. Que visão mais insípida! Bem melhor, ensinava meu Guru, é gozar com Deus as belezas e os prazeres que nos cercam, tendo sempre em mira a alegria íntima, vivenciada durante as experiências que exaltam os sentimentos do coração. Direcione esses sentimentos para Deus em vez de suprimi-los com uma apatia seca, 'inspirada' pelo intelecto. Também assim podemos nos absorver em nós mesmos sem atirar fora as alegrias e prazeres que o mundo nos proporciona."
(A Essência do Bhagavad Gita - Explicado por Paramahansa Yogananda - Evocado por seu discípulo Swami Kriyananda - Ed. Pensamento, São Paulo, 2006 - p. 129)
www.pensamento-cultrix.com.br
Nenhum comentário:
Postar um comentário