sábado, 10 de janeiro de 2015

DITADORES MESQUINHOS (PARTE FINAL)

"(...) É até melhor esconder o alcoolismo mental do que ceder à sua influência em público. A tolerância desavergonhada e contínua é o solo em que florescem as tendências pré ou pós-natais. O indivíduo que antes de nascer já é propenso ao alcoolismo mental, deve tomar cuidado redobrado, evitando viver em ambientes que reguem as sementes psicológicas inatas de seus maus hábitos e humor. 

Naturalmente, quando você encontra uma pessoa que o trata com formalidade e, com um sorriso postiço, diz: 'Como vai? Tenho enorme prazer em conhecê-lo', enquanto, por dentro, pensa: 'Adoraria cortar sua cabeça por me incomodar.' Você sente o que vai por dentro dessa pessoa e não gosta. Eu mesmo aprecio saber em que pé estou com as pessoas. Prefiro tratamento rude a comportamento hipócrita. Ninguém gosta de arriscar a receber o bote da serpente da insinceridade, surgindo de uma roseira de sorrisos. 

Entretanto, é melhor que o alcoólatra mental seja amistoso, mesmo que hipocritamente, do que descarregar seu mau humor nos outros. A prática diária do autodomínio, mesmo em assuntos de pouca importância, ajudará o alcoólatra mental a sair, pouco a pouco, da embriaguêz de sua própria complacência."

(Paramahansa Yogananda - A Eterna Busca do Homem - Self-Realization Fellowship - p. 200)

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