"Traduz-se samkalpayama por controle sobre a imaginação (yama, controle; samkalpa, imaginação). Vigiar a imaginação, procurando não reprimi-la, mas conquistá-la, é fundamental para uma vida serena, produtiva e sã.
A imaginação é a melhor serva, quando conquistada, mas é a mais tirânica e doida senhora, quando solta e impura. Ninguém desconhece as mil e muitas enfermidades que nascem e crescem, graças à imaginação mórbida. Não é este o caso dos hipocondríacos?! Seus sintomas não são realmente imaginários. Eles existem mesmo e quem lhes dá existência é a imaginação perturbada do doente. As preocupações, que tanto martirizam os ansiosos, não são alimentados pela imaginação? Não é o fato de ficarmos a imaginar que vai acontecer algo de mal que nos tira a calma? A maior parte de nossos sofrimentos antecipados (preocupações) é gratuita. Aquilo que tememos venha acontecer, que a imaginação diz que vai acontecer, muitas vezes só acontece pela força que a imaginação lhes dá. Os preocupados geralmente são homens de imaginação fecunda. Os gênios, também. Nos primeiros, ela é destrutiva. Nestes, criadora. A imaginação, em si, portanto, não é nem construtiva nem destrutiva, a direção em que é usada é o que assim a faz. Não é isto que nos diz a psicocibernética?! É só 'carregar' o servo-mecanismo de nosso cérebro com um alvo negativo e nefasto, para que o mal ocorra, diz essa moderníssima ciência. (...)"
(Hermógenes - Yoga para Nervosos - Ed. Nova Era, Rio de Janeiro, 2004 - p. 177/178)
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