"Como percebe-se bem, o Carma não pode ser compreendido integralmente.
A solução de todos os problemas cármicos foge à compreensão comum; podemos, entretanto, ter uma ideia aproximada.
Como assinala bem Leadbeater, não basta, e mesmo é inútil, qualquer conhecimento que não seja profundo, em Teosofia.
Temos um exemplo frisante na teoria cármica.
O seu conhecimento incompleto faz muita gente pensar que não deve ajudar-se o próximo em aflição, ou procurar mitigar o seu sofrimento, porque são condições cármicas e ele está esgotando o seu carma.
Ora, ponhamos o problema em outros termos.
O próximo está em aflição; em primeiro lugar, o bom senso manda que o socorramos.
Se o socorremos, é porque estamos em situação de socorrê-lo.
Em segundo lugar, sabemos, por acaso, se esta situação não é determinada por velhos laços cármicos, que nos estão proporcionando ocasião de resgatar uma antiga dívida?...
Se o nosso esforço foi improdutivo aparentemente, não deixaremos de fruir benefícios pessoais, pois o bem reverte a quem o faz.
A nossa atitude deve ser sempre ativa, de luta, de reação, no bom sentido e não passiva.
Carma não é fatalidade.
E a significação literal da palavra Carma é AÇÃO."
(Alberto Lyra – O ensino dos mahatmas – IBRASA, São Paulo, 1977 – p. 67/68)
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