domingo, 29 de março de 2015

INTERPRETAÇÃO DO CARMA

"Como percebe-se bem, o Carma não pode ser compreendido integralmente.

A solução de todos os problemas cármicos foge à compreensão comum; podemos, entretanto, ter uma ideia aproximada.

Como assinala bem Leadbeater, não basta, e mesmo é inútil, qualquer conhecimento que não seja profundo, em Teosofia.

Temos um exemplo frisante na teoria cármica.

O seu conhecimento incompleto faz muita gente pensar que não deve ajudar-se o próximo em aflição, ou procurar mitigar o seu sofrimento, porque são condições cármicas e ele está esgotando o seu carma.

Ora, ponhamos o problema em outros termos.

O próximo está em aflição; em primeiro lugar, o bom senso manda que o socorramos.

Se o socorremos, é porque estamos em situação de socorrê-lo.

Em segundo lugar, sabemos, por acaso, se esta situação não é determinada por velhos laços cármicos, que nos estão proporcionando ocasião de resgatar uma antiga dívida?...

Se o nosso esforço foi improdutivo aparentemente, não deixaremos de fruir benefícios pessoais, pois o bem reverte a quem o faz.

A nossa atitude deve ser sempre ativa, de luta, de reação, no bom sentido e não passiva.

Carma não é fatalidade.

E a significação literal da palavra Carma é AÇÃO." 

(Alberto Lyra – O ensino dos mahatmas – IBRASA, São Paulo, 1977 – p. 67/68)


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