"(...) Uma verdadeira Universidade deveria preparar o homem de tal modo que, depois de terminados os estudos, ele tivesse sempre durante toda sua vida uma serena clareza de espírito como se um imortal estivesse desenvolvendo um trabalho temporal; tal é o verdadeira objetivo de qualquer cultura digna deste nome. Diz-se que a missão de uma Universidade é formar homens educados e sábios; pois bem, do ponto de vista teosófico, a Universidade deve produzir homens servidores e imortais. É justamente na Universidade onde os mais altos ideais da vida deveriam projetar-se como beleza e serenidade; e o mais alto ideal que se pode ensinar ali ao homem, nos tempos atuais, deveria ser a alegria de cooperar com todos os homens e com todas as nações, para conseguir o bem-estar da Humanidade. (...)
Todos aqueles que foram beneficiados com o que as nossas Universidades modernas podem ensinar, sabem quanta gratidão se deve ter por esses centros de educação; mas ao mesmo tempo é mister reconhecermos que se esses ensinamentos nos preparam de algum modo mentalmente, não os puseram em condições de compreender o problema da vida que enfrentamos ao deixarmos a Universidade. Tivemos que desaprender, lenta e dolorosamente, muitas lições do passado e aprender numerosas lições, estranhas e difíceis, das quais os nossos professores não nos haviam falado. Se pudéssemos mudar tudo isso radicalmente, se a Universidade pudesse transformar-se num lugar onde nos indicassem o trabalho próprio para alimentar a nossa alma; se ali nos fizessem ver que, à medida que vamos executando esse trabalho espiritual, mais e mais nos aproximamos da Eternidade, então, estou seguro, a vida universitária se tornaria a parte principal da existência do indivíduo. Mas na situação atual, muitas pessoas que não passaram pelas aulas universitárias são Almas mais nobres e Servidores mais dedicados, do que aqueles que estudaram muitos anos na Universidade. Tudo isso há de mudar, seguramente, quando os princípios fundamentais da Teosofia permearem a educação e nossos professores ensinarem acima de tudo as grandes verdades que revelam ao homem sua natureza Divina e como essa natureza se desenvolve através do serviço à Humanidade."
(C. Jinarajadasa - Teosofia Prática - Ed. Teosófica, Brasília, 2012 - p. 41/43)
Todos aqueles que foram beneficiados com o que as nossas Universidades modernas podem ensinar, sabem quanta gratidão se deve ter por esses centros de educação; mas ao mesmo tempo é mister reconhecermos que se esses ensinamentos nos preparam de algum modo mentalmente, não os puseram em condições de compreender o problema da vida que enfrentamos ao deixarmos a Universidade. Tivemos que desaprender, lenta e dolorosamente, muitas lições do passado e aprender numerosas lições, estranhas e difíceis, das quais os nossos professores não nos haviam falado. Se pudéssemos mudar tudo isso radicalmente, se a Universidade pudesse transformar-se num lugar onde nos indicassem o trabalho próprio para alimentar a nossa alma; se ali nos fizessem ver que, à medida que vamos executando esse trabalho espiritual, mais e mais nos aproximamos da Eternidade, então, estou seguro, a vida universitária se tornaria a parte principal da existência do indivíduo. Mas na situação atual, muitas pessoas que não passaram pelas aulas universitárias são Almas mais nobres e Servidores mais dedicados, do que aqueles que estudaram muitos anos na Universidade. Tudo isso há de mudar, seguramente, quando os princípios fundamentais da Teosofia permearem a educação e nossos professores ensinarem acima de tudo as grandes verdades que revelam ao homem sua natureza Divina e como essa natureza se desenvolve através do serviço à Humanidade."
(C. Jinarajadasa - Teosofia Prática - Ed. Teosófica, Brasília, 2012 - p. 41/43)
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