"A raiva está enraizada no julgamento. Queremos enquadrar os outros em algum padrão que, de alguma forma, fantasiamos, escolhemos e impomos. As pessoas podem nem mesmo ter consciência desses padrões, mas isso não importa para nós.
Frequentemente as pessoas ficam com raiva porque não correspondemos às suas expectativas. Essas expectativas podem ser tão irreais, que nunca nos será possível satisfazê-las. (...)
Traumas na infância produzidos pelas expectativas irracionais dos pais são curados com muita dificuldade. É preciso compreender que o pai (ou a mãe) estava errado ou obcecado por uma ilusão, e essa tomada de consciência não pode ser meramente racional. O coração e as entranhas devem absorvê-la também.
Com delicadeza, faça-se essas perguntas e, sem julgar nem criticar, observe os pensamentos, sentimentos e imagens que vêm à sua consciência: Quais eram as exigências e expectativas irracionais de seus pais em relação a você? Será que eles queriam descobrir quem você era, ou só sabiam o que queriam que você fosse? Será que eles tentavam viver e realizar seus desejos através de você? Usavam você para impressionar os outros?
Se você sente muita preocupação com as opiniões alheias é sinal de que usaram você dessa maneira. Volto a insistir: procure não se importar com o que os outros pensam a seu respeito, se estiver fazendo o que lhe parece certo ou estiver exercendo sua vontade sem prejudicar ninguém. Livre-se dessa dependência.(...)"
(Brian Weiss - A Divina Sabedoria dos Mestres - Ed. Sextante, Rio de Janeiro, 1999 - p. 81/82)
www.sextante.com.br
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