"(13:24) Para contemplar o Eu no eu (o ego purificado) por meio do eu (a mente esclarecida), alguns aspirantes seguem o caminho da meditação, outros o do conhecimento e outros ainda o da atividade desprendida (serviço).
Aqui são mencionados, de passagem, os três métodos pelos quais podemos nos aproximar de Deus (ou seja, da realização de Si Mesmo). O primeiro é a meditação - a senda da atividade interior, a que chamamos ciência do Kriya Yoga. O segundo, o Shankhya Yoga, a vereda do discernimento ou Gyana. E o terceiro, o Karma Yoga, o caminho da reta ação.
Poder-se-ia perguntar: 'Por que Krishna não mencionou também o caminho do Bhakti Yoga, a devoção?' Em verdade, sem devoção, nenhum outro caminho funcionará. Krishna enfatiza frequentemente, no Gita, a importância da devoção. Neste capítulo, ressalta a necessidade de mover guerra pela causa da verdade (daí as constantes referências ao kshetra e a Kurukshetra, símbolo da luta que o progresso espiritual pressupõe). Quer na meditação, no julgamento ou na ação, uma atitude devota deve inspirar tudo o que se faça. A devoção é a corda que impulsiona a seta para o alvo. Sem ela, todo esforço espiritual reduz-se a amealhar um bom karma. Não poderá garantir libertação."
(A Essência do Bhagavad Gita - Explicado por Paramhansa Yogananda - Evocado por seu discípulo Swami Kriyananda - Ed. Pensamento, São Paulo, 2006 - p. 406)
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