"A teia de aranha tem um modelo para sua construção, mas não de uma forma determinada. Ela atrai muitas criaturas porque não está fixada. Vemos que a beleza não é uma qualidade que pertença a algum determinado material, projeto, função e outros mais. Se olharmos cuidadosamente, sem que ideias prévias interfiram, a beleza está em toda parte, em todas as coisas. O homem interfere e torna algo belo a seus próprios olhos. Mas isso, na realidade, não é o belo milagre da beleza que vemos se a visão for pura. Cada inseto, mineral, planta, o céu e as águas são milagres de beleza. Isso fica claro na teia de aranha que foi usada para demonstrar tudo na natureza, inclusive os seres humanos. Eles fazem parte do grande milagre. A beleza em formas, em cores, em sons e em tudo mais que é visto ou conhecido pelos sentidos fazem parte da Beleza. A beleza também existe nos relacionamentos mútuos. Ela chega com o crescimento, nascimento e morte. Como costume, J. Krishnamurti tinha uma maneira especial de falar sobre isto: Você viu uma folha morta, amarela e vermelha brilhante, uma folha de outono. Como era bela a folha, tão simples em sua intensidade, tão vívida, cheia de beleza e vitalidade de toda a árvore e do verão.
Mais do que tudo, a beleza tem um significado oculto, uma coisa misteriosa da natureza que ornamenta. Diz Tomas à Kempis: 'Não há criatura tão pequena e desprezível que não represente a bondade de Deus', porque a beleza é verdadeira natureza da vida; ela é inerente à origem da vida. É assim, quer uma pessoa queira ou não.
Os seres humanos fazem parte deste mundo. Mas a maioria não acredita nisso; para eles o mundo inclui apenas o que eles descobrem, o que criam - a feiura que vemos em toda parte naquilo que o homem cria. A urbanização do mundo não ajuda a chegar mais perto para conhecer a realidade. Certamente a natureza está sempre muito longe da atmosfera da cidade. A população humana mundial, com sua pobreza, ignorância, condicionamentos e autocentralização, é a 'realidade' que mantém os ambiciosos e gananciosos na luta, juntamente com a crueldade, ansiedade a assim por diante, que alimentam as regras artificiais dessa disputa.
Quanto mais intenso for o jogo, menos a pessoa vê a feiura da sociedade e a beleza da criação. A beleza das florestas e dos lagos, insetos e pássaros não é percebida por tais pessoas em virtude de suas próprias metas e ocupações. Suas ocupações e ideias confundem suas mentes assim como as nuvens pesadas escondem e bloqueiam a luz do sol. Como vamos penetrar e nos elevar acima do mundo de maya?
A própria palavra maya, muitas vezes traduzida por 'ilusão', faz-nos pensar no que é sensato e verdadeiro. Talvez seja por isso que o homem questione tudo o que vê. Mas o que é verdade? Significa que temos que ver o que é lógico, razoável. A verdade é o que realmente existe, e não o que um milhão ou até dez milhões de pessoas pensam que não existe. Temos, assim, que descobrir o que é sensato, embora tudo que façamos seja parte do mundo que existe. Mas tudo isto é maya, transitoriamente parte de um mundo fugaz."
(Radha Burnier - Maya em toda parte - Revista Theosophia, Ano 102, Julho/Agosto/Setembro 2013 - Pub. da Sociedade Teosófica no Brasil - p. 8/9)
Mais do que tudo, a beleza tem um significado oculto, uma coisa misteriosa da natureza que ornamenta. Diz Tomas à Kempis: 'Não há criatura tão pequena e desprezível que não represente a bondade de Deus', porque a beleza é verdadeira natureza da vida; ela é inerente à origem da vida. É assim, quer uma pessoa queira ou não.
Os seres humanos fazem parte deste mundo. Mas a maioria não acredita nisso; para eles o mundo inclui apenas o que eles descobrem, o que criam - a feiura que vemos em toda parte naquilo que o homem cria. A urbanização do mundo não ajuda a chegar mais perto para conhecer a realidade. Certamente a natureza está sempre muito longe da atmosfera da cidade. A população humana mundial, com sua pobreza, ignorância, condicionamentos e autocentralização, é a 'realidade' que mantém os ambiciosos e gananciosos na luta, juntamente com a crueldade, ansiedade a assim por diante, que alimentam as regras artificiais dessa disputa.
Quanto mais intenso for o jogo, menos a pessoa vê a feiura da sociedade e a beleza da criação. A beleza das florestas e dos lagos, insetos e pássaros não é percebida por tais pessoas em virtude de suas próprias metas e ocupações. Suas ocupações e ideias confundem suas mentes assim como as nuvens pesadas escondem e bloqueiam a luz do sol. Como vamos penetrar e nos elevar acima do mundo de maya?
A própria palavra maya, muitas vezes traduzida por 'ilusão', faz-nos pensar no que é sensato e verdadeiro. Talvez seja por isso que o homem questione tudo o que vê. Mas o que é verdade? Significa que temos que ver o que é lógico, razoável. A verdade é o que realmente existe, e não o que um milhão ou até dez milhões de pessoas pensam que não existe. Temos, assim, que descobrir o que é sensato, embora tudo que façamos seja parte do mundo que existe. Mas tudo isto é maya, transitoriamente parte de um mundo fugaz."
(Radha Burnier - Maya em toda parte - Revista Theosophia, Ano 102, Julho/Agosto/Setembro 2013 - Pub. da Sociedade Teosófica no Brasil - p. 8/9)
Nenhum comentário:
Postar um comentário